Eu sei o quão sou repugnante,
a ponto de enojar muitas pessoas com minhas escolhas,
mas o que posso fazer se o mundo me fez assim?
Ela morreu sem poder se despedir de mim...
sem ao menos um último beijo.
Era um sábado quente de céu azul sem nuvens,
ambos grudados ao celular decidindo o local da diversão.
Estávamos tão apaixonados, bobos de amor...
Silêncio do outro lado da linha,
barulho de pessoas se aproximando
todas falando ao mesmo tempo,
enfim alguém pega o celular na mão...
a ponto de enojar muitas pessoas com minhas escolhas,
mas o que posso fazer se o mundo me fez assim?
Ela morreu sem poder se despedir de mim...
sem ao menos um último beijo.
Era um sábado quente de céu azul sem nuvens,
ambos grudados ao celular decidindo o local da diversão.
Estávamos tão apaixonados, bobos de amor...
Silêncio do outro lado da linha,
barulho de pessoas se aproximando
todas falando ao mesmo tempo,
enfim alguém pega o celular na mão...
"Alô, quem fala? Alguém ai do outro lado?"
uma voz me responde:
"A moça está caída aqui, acho que esta desmaiada..."
"Como desmaiada? Ela está machucada?"
"Não, ela falava ao celular e do nada caiu no chão,
mas fica calmo as pessoas aqui já estão ligando para o resgate."
uma voz me responde:
"A moça está caída aqui, acho que esta desmaiada..."
"Como desmaiada? Ela está machucada?"
"Não, ela falava ao celular e do nada caiu no chão,
mas fica calmo as pessoas aqui já estão ligando para o resgate."
Senti a cabeça pesada, o corpo mole,
o oxigênio faltando em meus pulmões...
Calmo? Como ficar calmo numa situação dessa?
Minha cabeça pensando um milhão de coisas,
imaginando trilhões de merdas, menos que ela...
morreria...
ali, naquela calçada fervente.
A ambulância chegou no local pouco mais de 10 minutos,
já não era necessário os serviços deles
ela teve uma morte instantânea,
uma aveia dentro de sua cabeça se rompeu
tendo então uma hemorragia interna.
Fui até o local de táxi, ela já não estava mais lá,
as pessoas que ali permaneceram
comentavam a morte de uma garota toda alegre
e despencando ainda com sorrisos nos lábios.
Mais ao canto da parede junto de uma moita
a pulseirinha que dei a ela em seu aniversário de 19 anos,
com a frase "Sorria, Eu te amo!".
Usava essa frase sempre que chegava próxima de mim triste,
quando discutia com os pais ou até mesmo comigo.
No hospital, a mãe dela chorando batendo em meu peito
repetia várias vezes "Porquê? Porquê?",
seu pai estava estático, parecia estar em um sonho... Pesadelo!
Eu já não tinha rumo, desejos, fé...
Naquele momento duas pessoas haviam morrido,
passei a ver o mundo com outros olhos.
Muitas coroas espalhadas pelo recinto,
assim como os familiares e amigos.
Nunca vi uma pessoa ser tão querida e amada,
ela era especial,
meu amor.
Tão próximo dela e ao mesmo tempo tão distante,
logo seria pra sempre,
logo seria... Lembranças, apenas lembranças.
Não sai um minuto do seu lado,
não deixei um segundo de olha-la,
nunca deixei de senti-la,
ainda a sinto como se ainda estivesse aqui,
ela está... Em meu coração, nos meus sonhos,
ela ainda vive em mim,
seu amor ainda corre pelo meu corpo.
A minha hora estava acabando,
o padre veio orar... a benção.
O coveiro aproximou com o carrinho para levar o cachão,
meu coração morreu mais uma vez,
ainda segurei as lágrimas
num esforço absurdo.
A cada metro percorrido até a cova,
meu sepulcro, parecia não respirar,
não conseguia reconhecer ninguém,
Eu era só dela, sempre fui!
Cheiro de flores,
um vendaval incessável,
um som agudo de uma placa solta,
pendurada por um arame de um túmulo
me tocava a alma ao me fazer olhar para os outros
que ali descansavam por mais de 10 décadas.
As folhas caiam, o sol fugia às 17h50
a última despedida...
Caixão sendo aberto,
aquele anjo se fazia presente pela última vez
era o último contato físico...
o silêncio me torturava,
porque podia ouvir os berros de sua mãe
a oração de seu pai
o meu coração sendo extinto...
O meu amor foi lacrado junto daquela caixa,
e como se guarda talheres em gavetas
ela foi escondida do mundo... De mim!
E quando todos começaram a desaparecer dali,
sentei ao lado de seu leito...
o oxigênio faltando em meus pulmões...
Calmo? Como ficar calmo numa situação dessa?
Minha cabeça pensando um milhão de coisas,
imaginando trilhões de merdas, menos que ela...
morreria...
ali, naquela calçada fervente.
A ambulância chegou no local pouco mais de 10 minutos,
já não era necessário os serviços deles
ela teve uma morte instantânea,
uma aveia dentro de sua cabeça se rompeu
tendo então uma hemorragia interna.
Fui até o local de táxi, ela já não estava mais lá,
as pessoas que ali permaneceram
comentavam a morte de uma garota toda alegre
e despencando ainda com sorrisos nos lábios.
Mais ao canto da parede junto de uma moita
a pulseirinha que dei a ela em seu aniversário de 19 anos,
com a frase "Sorria, Eu te amo!".
Usava essa frase sempre que chegava próxima de mim triste,
quando discutia com os pais ou até mesmo comigo.
No hospital, a mãe dela chorando batendo em meu peito
repetia várias vezes "Porquê? Porquê?",
seu pai estava estático, parecia estar em um sonho... Pesadelo!
Eu já não tinha rumo, desejos, fé...
Naquele momento duas pessoas haviam morrido,
passei a ver o mundo com outros olhos.
Muitas coroas espalhadas pelo recinto,
assim como os familiares e amigos.
Nunca vi uma pessoa ser tão querida e amada,
ela era especial,
meu amor.
Tão próximo dela e ao mesmo tempo tão distante,
logo seria pra sempre,
logo seria... Lembranças, apenas lembranças.
Não sai um minuto do seu lado,
não deixei um segundo de olha-la,
nunca deixei de senti-la,
ainda a sinto como se ainda estivesse aqui,
ela está... Em meu coração, nos meus sonhos,
ela ainda vive em mim,
seu amor ainda corre pelo meu corpo.
A minha hora estava acabando,
o padre veio orar... a benção.
O coveiro aproximou com o carrinho para levar o cachão,
meu coração morreu mais uma vez,
ainda segurei as lágrimas
num esforço absurdo.
A cada metro percorrido até a cova,
meu sepulcro, parecia não respirar,
não conseguia reconhecer ninguém,
Eu era só dela, sempre fui!
Cheiro de flores,
um vendaval incessável,
um som agudo de uma placa solta,
pendurada por um arame de um túmulo
me tocava a alma ao me fazer olhar para os outros
que ali descansavam por mais de 10 décadas.
As folhas caiam, o sol fugia às 17h50
a última despedida...
Caixão sendo aberto,
aquele anjo se fazia presente pela última vez
era o último contato físico...
o silêncio me torturava,
porque podia ouvir os berros de sua mãe
a oração de seu pai
o meu coração sendo extinto...
O meu amor foi lacrado junto daquela caixa,
e como se guarda talheres em gavetas
ela foi escondida do mundo... De mim!
E quando todos começaram a desaparecer dali,
sentei ao lado de seu leito...
"Eu te amo! Nunca pude entender esse amor
que vinha de você por mim,
nunca imaginei encontrar uma pessoa...
Palavras em vão,
acho que agora você agora sabe o que sinto
o amor que descobri em você
o amor que você me ensinou a viver,
obrigado... Meu amor!"
que vinha de você por mim,
nunca imaginei encontrar uma pessoa...
Palavras em vão,
acho que agora você agora sabe o que sinto
o amor que descobri em você
o amor que você me ensinou a viver,
obrigado... Meu amor!"
As lágrimas começaram a escorrer pela minha face
espalhando-se pela terra vermelha no chão
onde formigas depositam grão a grão.
Todas as lembranças com você
começaram a passar como um filme
diante dos meus olhos vermelhos.
E numa pausa brusca,
os sinos começaram a soar,
a cada badalada me causavam dor... no peito, na alma,
uma a uma, a dor de ter que sair dali,
a sexta e última badala me obrigou a levantar
e partir... Ao ver os carros na avenida,
aquela multidão de gente,
caia na real... Estou só!
PS: Eis o porquê das minhas atitudes, o porquê em eu ser o que sou, uma tábua oca, vazia... Eu ainda a amo, amarei... Mesmo em sonhos... É o que me resta!
espalhando-se pela terra vermelha no chão
onde formigas depositam grão a grão.
Todas as lembranças com você
começaram a passar como um filme
diante dos meus olhos vermelhos.
E numa pausa brusca,
os sinos começaram a soar,
a cada badalada me causavam dor... no peito, na alma,
uma a uma, a dor de ter que sair dali,
a sexta e última badala me obrigou a levantar
e partir... Ao ver os carros na avenida,
aquela multidão de gente,
caia na real... Estou só!
PS: Eis o porquê das minhas atitudes, o porquê em eu ser o que sou, uma tábua oca, vazia... Eu ainda a amo, amarei... Mesmo em sonhos... É o que me resta!
Muito bom cara!
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